A Erva Grande
Albrecht Dürer, 1503.
Aguarela e guache sobre papel, 41 x 32 cm.
Graphisch Salmmlung Albertina, Viena.
(…)
O trinke Morgenlüfte,
Bis daß du offen bist,
Und nenne, was vor Augen dir ist,
Nicht länger darf Geheimnis mehr
Das Ungesprochene bleiben,
Nachdem es lange verhüllt ist;
Denn Streblichen geziemet die Scham,
Und so zu reden die meiste Zeit,
Ist weise auch von Göttern.
Wo aber überflüssiger, denn lautere Quellen
Das Gold und ernst geworden ist der Zorn an dem Himmel,
Muß zwischen Tag und Nacht
Einsmals ein Wahres ercheinen.
Dreifach umscheibe du es,
Doch ungesprochen auch, wie es da ist,
Unschulgige, muß es bleiben.
(…)
(…)
Oh, bebe da manhã as brisas,
Até ficares aberta,
E diz o nome do que te enche os olhos,
Por mais tempo não pode, o que não foi dito,
Ficar envolto em mistério,
Depois de tanto tempo de silêncio;
Pois o pudor é próprio dos mortais,
E falar assim, quase o tempo todo,
Também é sabedoria dos deuses.
Mas quando o ouro fluir, mais abundante
Do que as fontes puras e no Céu a ira se tornar mais severa,
É forçoso que, entre o dia e a noite,
Por fim venha a aparecer algo de verdadeiro.
Transcreve-o triplamente,
Deve porém manter-se inefável,
Inocente como é.
(…)
Germânia
Friedrich Hölderlin, Hinos Tardios, Lisboa, Assírio e Alvim, 2000.