Mitose
Depois da interfase.
Profase, prometafase, metafase, anafase, telofase. Citocinese.
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Este diagrama contém pontos de vista sobre enunciados do passado para o futuro, enunciados futuros para o passado e enunciados do passado para o futuro que se tornaram necessários pela perspectiva posterior. O ponto que tem em vista o futuro não se livra nunca das alternativas possíveis à variação do que a sua proposição antecipa, este ponto de vista é sempre o da potência. Enquanto do passado para o futuro só se pode ter a vista, não se tem, ela é potencial no sentido em que não actualizada confere a si própria todas as possibilidades viáveis ao que pretende actualizar. Esta contingência da potência que ainda não se actualizou é, em parte, necessidade hipotética, pode ser uma hipótese imaginada, mas em absoluto é absolutamente contingente. Não há como garantir qual será a actualização. O futuro, inacessível acto ainda potente, virá a ser presente e como tal o acto que se previu ou uma das alternativas, deixando a potência extinta. Termina aí a liberdade do ser que se propunha. Agora, no ponto de vista que outrora foi futuro, o ponto de vista do presente que olha para aquele que antecipava, o que era então contingente, potente, passa a ser necessário, acede à actualidade. Uma vez em acto a primeira liberdade potente não está mais disponível e o passado, que fora livre, não é mais o passado que foi. O ponto de vista que observa o passado, que o tem em memória, já não o reconhece como ele é. Dizendo que o passado é extraímo-nos ficticiamente da relação temporal para adquirir a sua realidade, o que o futuro era para ser já lá estava inscrito e, sendo assim, o passado não só é actual no ponto de vista do futuro como o é do ponto de vista do passado que se tem como correctamente antecipador do futuro. O passado, como tem uma perspectiva disjuntiva sobre o futuro é tanto em potência como é em acto, mas esta actualização, para nós que ainda lá estivermos, só pode ser no âmbito da sua própria potência. No entanto, é a consciência madura deste em acto livre, uma segunda liberdade retro activada, que nos dá a via para as possibilidades ainda não realizadas e nos mantêm em tensão para aquilo que somos.
Gibelina 2002
O que se encontra no outro
não é algo que se tenha perdido,
é antes o que se passa a ser.
10-1-2005
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Mesa das três primas 2003
Publicada na Bigornalouca
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Pina Bausch, Café Müller, 2002.
Wuppertal Tanztheater ao som do
The Fairy Queen de Henry Purcell.
Demoníaco
Giorgio Agamben, A Comunidade que Vem, trad. António Guerreiro, Lisboa, Presença, 1993.
Hoje tive a sofrida oportunidade de encontrar, no tHe ULtiMaTe diSoRDer, o arrepiante documento que o M.I.T. deixou sair da sua investigação acerca dos custos humanos na guerra do Iraque.
«Qual é, dentre os deuses do céu, aquele a quem atrubuis a responsabilidade deste facto, de a luz nos fazer ver da maneira mais perfeita que é possível, e que seja visto o que é visível?»
Platão, República, trad. Mª Helena da Richa Pereira, Lisboa, Gulbenkian, 1996.
Postigo 2006
Durante o tempo em que nós não somos dominados pelas afecções que são contrárias à nossa natureza, durante esse mesmo tempo nós temos o poder de ordenar e encadear as afecções do nosso Corpo segundo a ordem relativa à inteligência.
(...) Portanto, o melhor que podemos fazer, enquanto não temos um conhecimento perfeito das nossas acções, é conceber uma correcta norma de viver, por outros termos, regras de vida precisas, e retê-las na memória e aplicá-las continuamente às coisas particulares que se apresentam frequentemente na vida, de maneira que a nossa imaginação seja profundamente afectada por elas e que elas nos estejam sempre presentes. Por exemplo, pusemos entre as normas da vida que o ódio deve ser vencido pelo amor, ou seja, pela generosidade e não ser pago com um ódio recíproco. Mas, para este preceito da Razão nos estar sempre presente ao espírito, quando for conveniente, devemos pensar e meditar frequentemente nas injúrias dos homens e de que maneira e por que via elas podem ser repelidas o melhor possível pela generosidade; assim, com efeito, nós juntaremos a imagem da injúria à imaginação desta regra, e estar-nos-á sempre presente ao espírito quando nos fizerem alguma injúria. Mas se nós tivermos também presente ao espírito o princípio da nossa verdadeira utilidade e ainda o do bem que resulta da mútua amizade e da sociedade comum e, além disso, que de uma norma de vida correcta provém o supremo contentamento da Alma e que os homens, como as outras coisas, agem por necessidade de natureza; então a injúria, ou seja, o ódio que dela costuma resultar, ocupará uma parte mínima da imaginação e será facilmente vencida; ou se a cólera, que costuma nascer das injustiças maiores, não é tão facilmente vencida, será, no entanto, vencida, embora não sem flutuação da Alma, num espaço de tempo muito menor do que se nós não tivéssemos assim premeditado estas coisas, como é evidente pelas proposições 61, 72 e 83 desta parte. Para nos desembaraçarmos do medo, devemos pensar da mesma maneira na força de alma; quer dizer, devemos enumerar e imaginar frequentemente os perigos ordinários da vida e a melhor maneira de os evitar superar pela presença de espírito e pela firmeza de alma. Mas deve notar-se que na ordem dos nossos pensamentos e imaginações devemos atender sempre àquilo que há de bom em cada coisa, a fim de sermos assim sempre determinados a agir pela afecção da alegria. (...)
1 Na medida em que a Alma conhece as coisas como necessárias, tem maior poder sobre as afecções, por outras palavras, sofre menos por parte delas.
2 As afecções que nascem da Razão ou são excitadas por ela, se se tem em consideração o tempo, são mais fortes que aquelas que se referem às coisas singulares, que nós contemplamos como ausentes.
3 Quanto maior é o número de causas simultâneas, pelas quais uma afecção é excitada, tanto maior ela é.
Proposição X, e excerto do seu escólio, da parte V
Bento de Espinosa, Ética, trad. António Simões, Lisboa, Relógio d'Água, 1992.
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Categorias * §, arte, filosofia, fotografia
Rodrigo Pederneiras, Lecuona, 2005.
Grupo Corpo ao som dos Tus Ojos Azules
de Ernesto Lecuona.