Nova nisto
Esta é a minha terceira publicação como blogger e resolvi dar algumas satisfações aos meus possíveis leitores. — Habitualmente encontro este tipo de introdução como texto fixo ao cimo, junto do título ou ao lado, na descrição do cabeçalho. — Como não sabia muito bem o que dizer não disse, é que não conheço uma meta definida nem um estado especial para este lugar, não faço a mínima ideia para onde se encaminha.
Mas sei que este sítio é onde começo esticar os meus bracinhos à vontade, enterrando os dedos na terra alqueivada para a surribar ainda mais, e esperar onde surgem os rebentos. Experimento plantar ideias sem limites ou talas e regas especiais, retóricas e pragmatismos a gosto, e tudo o mais que "paraser" interessante.
O Skapsis crescerá como uma árvore que se vai curvando ao sabor do vento. Montanha, como eu, que se deixa desenhar pelas correntes dos rios dando-lhes a forma da sua inércia. E assim aqui exposta de maneira arroteada vou gritar, chorar, rir, cantar, declamar, sorrir, lamentar, propor, apontar, criticar, elogiar e tantas, tantas mais artimanhas.
Bem, talvez ele tenha aparecido com uma presença algo erudita para o gosto da maioria, mas este blog é mesmo assim, umas vezes mais erudito outras menos. Não se acanhem e comentem à vontade. É que ainda sou nova nisto e estou para ver o que acontece.
Conto com a vossa árdua justiça colocadora. Vamos fazer crescer em Portugal.
Beijinhos a todos.
Mas sei que este sítio é onde começo esticar os meus bracinhos à vontade, enterrando os dedos na terra alqueivada para a surribar ainda mais, e esperar onde surgem os rebentos. Experimento plantar ideias sem limites ou talas e regas especiais, retóricas e pragmatismos a gosto, e tudo o mais que "paraser" interessante.
O Skapsis crescerá como uma árvore que se vai curvando ao sabor do vento. Montanha, como eu, que se deixa desenhar pelas correntes dos rios dando-lhes a forma da sua inércia. E assim aqui exposta de maneira arroteada vou gritar, chorar, rir, cantar, declamar, sorrir, lamentar, propor, apontar, criticar, elogiar e tantas, tantas mais artimanhas.
Bem, talvez ele tenha aparecido com uma presença algo erudita para o gosto da maioria, mas este blog é mesmo assim, umas vezes mais erudito outras menos. Não se acanhem e comentem à vontade. É que ainda sou nova nisto e estou para ver o que acontece.
Conto com a vossa árdua justiça colocadora. Vamos fazer crescer em Portugal.
Beijinhos a todos.
9 <:
que raio de palavra é essa qu não existe em lado nenhum. skapsis (ou skepsis ou skephis)?
Skapsis é um termo tardio do grego clássico que nada tem a ver com skepsis. Deriva etimologicamente de skaptw (ê [skaptw]) e está registado como inscrição pública no Bulletin de Correspondance Hellenique (iBCH).
Hê [skaptw] e não ê [skaptw].
e significa o quê mesmo? :D desculpa a ignorância mas aqui a menina não estudou muito...:p
Querida, o significado está visível, é só ler com atenção. mas se quizeres explico-te ao vivo. Perfiro deixar este enigma ao gosto do leitor. É que assim torna-se mais interessante quando se descobre.
...quiseres...
Mais que do se retira aparentemente do uso que dá o diabolico Envangelista (reportando-nos ao profundo da arqueologia), esta palavra escavatonica reposiciona-nos na condição actual do aclamado bicharoco "nojento" (dizem) que há-de sobreviver ao apocalipse e que actualmente se mostra timidamente nos meandros obscuros das cuzinhas.
Eis uma leitura da sua etimologia:
The origin of the name Scarabaeus appears doubtful; the word, indeed never occurs but in the writings of Latin authors; yet Fabricius and Olivier give its derivation from the Greek skaptw; which Mr. MacLeay doubts, considering it to be of Etruscan origin, adding, that it may have been obtained from the Greek skarifaomai, the verb diaskarifhsai being properly applied to the actions of animals which scratch or dig up the earth with their claws.
Pliny accordingly gave a particular description of the sacred beetle of the Egyptians under the name Scarabaeus; and, in later times, Linnaeus applied it in a general manner to the whole of the Lamellicorn beetles, placing the gigantic cornuted species (Hercules, &C) at the head of the genus. Geoffroy, considering that the dung-rolling beetles constituted a distinct genus, applied to them the name of Copris, although it is evident that in strictness the name of Scarabaeus ought to have been retained for these, and another name given to the remainder of the Linnaean Scarabaei. Fabricius introduced still further confusion, giving Weber's name of Ateuchus to the sacred beetles, Geoffroy's name of Copris to some other dung-beetles, his own name Geotrupes to the gigantic species (which do not burrow in the earth), and that of Scarabaeus to the earth-boring shard-borne beetles (or modern Geotrupidae.) Mr. MacLeay, however, endeavored to remedy this confusion by restoring the name of Scarabaeus to the Sacred beetle, and giving to the Scarabaeus of Latreille (Geotrupes Fab.) the name of Dynastes. . . .
Senhor ou senhora Anonymous, quero antes demais congratulá-lo(a) pelo seu interesse e devoção à crítica deste termo tardio. Quanto à sua legitimada antiguidade grega não há qualquer dúvida, pode encontrá-la em Platão, no fim das Leis, e noutros autores gregos.
Skapsis não é o mesmo que scarabaeus (escarabeu ou escaravelho que em grego se nomeava kantharos e ainda, o que não confirmo nas minhas fontes e por isso também ponho a dúvida, skarabos) mas antes uma acção que este não chega a produzir. No entanto estes pequenos insectos contribuem para o sucesso da acção referida. E mesmo que consiga subtrair uma relação desta acção, por mais longínqua, ao tímido que encontra na sua cozinha, o emprego do termo na grafologia original pressupõe o não-reposicionamento.
Que se arroteie o seu ponto de vista tanto como se arroteou o meu pela bela etimologia que se deu ao trabalho de expor. Muito obrigada pela sua participação no que tem de positivo. Ser mais.
acompanharei então. abraço
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