Que o amigo seja para vós a festa da terra

28 fevereiro 2007

Ensinamento

"Basta-me um leitor para justificar toda a minha obra."

Fiama Hasse Pais Brandão


Há pouco mais de uma década cuidava das flores na companhia do seu gato quando lhe irrompi pela casa adentro. Nunca a tinha lido e desconhecia a sua antiguidade reclamada. Fui apresentada à Fiama de todos os dias, uma pessoa perturbadoramente encantadora que em tudo imprimia a delicadeza da sua graça. Na escrevaninha negra entre as portadas para o jardim, e algumas folhas escritas, recebi as suas palavras maduras, sempre disponíveis a ler-me. Eram as coisas todas em si mesma com o dom do mergulhar. Penso nela e abre-se o como se escutam os murmúrios profundos da contemplação. O seu mantra para sempre soará. Basta uma, basta uma relação, uma determinada intensidade no olhar, para justificar toda a existência.

Desde do dia 19 do mês passado deixei de poder agradecer-te pela tamanha influência que tiveste na minha vida e no meu trabalho. Nunca serás esquecida.

2 <:

pedro a.h. paixao disse...

algo começa a respirar (sem rancor). não preciso de resposta.

Anónimo disse...

Ás vezes... muitas vezes... quase sempre... ás vezes sempre... infelizmente, ás vezes sempre... deixamos de contar com esse abraço interior... transparecido no olhar... deixamos de abraçar primeiro e deixamos de sentir o abraço depois... deixamos de lado o que realmente vale... perdemo-nos no labirinto( risos, tão pouco distinto)... E porquê? Apenas bastava sentir... seguir o que há de mais certo em nós... Mas quando começamos a desconfiar disso... quando deitamos fora tal coisa... Enfim... desejo a todos a sorte de um abraço interior... do cruzar, trespassar... ser ao mesmo tempo...com pessoas especiais... para que então se possa ver... o que nunca, realmente, deixa de ser.

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